Uma startup brasileira foi a vencedora do prêmio global de inovação Global Tech Innovator 2021, com uma solução para o setor de agribusiness. No evento, realizado pela consultoria KPMG, startups pré-selecionadas de 17 países apresentaram aos jurados suas soluções e foram avaliadas por critérios como disrupção, inovação, potencial de mercado, adoção do cliente, tração de mercado e potencial de longo prazo.
A agtech Krilltech conquistou o prêmio com uma solução de nanotecnologia verde, que melhora o rendimento, a eficiência e a lucratividade dos horticultores. Desenvolvido em parceria pela Universidade de Brasília – UNB, e Embrapa, o produto, batizado Arboline, mimetiza compostos naturais para nutrir as plantas. Disponível no Brasil, ela está sendo testada em países como Estados Unidos, Portugal, México e Argentina.
Mudanças radicais nos próximos cinco anos
Também com foco em tecnologias disruptivas, o fundo de investimentos indiano pi Ventures elaborou um estudo sobre os 15 subsetores da tecnologia profunda que provocarão avanços radicais nos próximos cinco anos. Baseado em pesquisas e discussões com mais de 4.000 novos empreendedores em todo o mundo, o relatório Deep Tech Shifts 2026 traz em sua lista:
- Proteína alternativa: supérfluo a vital.
- Blockchain: promissor para o mainstream.
- Interface cérebro-computador: medição para insight.
- Tecnologia climática: incidental para crítico.
- Dados privados: identificável para anônimo.
- Armazenamento de energia: Li-Ion para químicas alternativas.
- Fluxos de trabalho corporativos: humano para humano + Al.
- Triagem de saúde: reativo para proativo.
- MLOps: interno para serviços gerenciados.
- Co-design da natureza: materiais para biomateriais.
- Computação quântica: supremacia para vantagem.
- Robótica: automação para cognição.
- Tecnologia espacial – no espaço: implantação para gerenciamento no espaço.
- Tecnologia espacial – lançamento: customização para democratização.
- Criação de conteúdo sintético: casual para comercial.
A empresa, que já investiu mais de US$ 100 milhões em 15 startups sediadas ou com conexões na Índia, é umas das primeiras com foco em tecnologia profunda no país. “Os investidores buscam a interseção entre tecnologia disruptiva e negócios escaláveis para soluções que possam ajudar a superar demandas críticas e urgentes da humanidade”, diz o especialista em tecnologias disruptivas Arie Halpern.