Uma missão espacial marcada para 4 de agosto acaba de ser anunciada pela NASA. O objetivo da viagem é, pela primeira vez na história, “tocar o sol”. A agência espacial pretende chegar bem perto do sol graças a ajuda de um escudo de calor de alta tecnologia instalado em uma nave espacial não tripulada. Essa inovação poderá ser útil para outros usos aqui na Terra, uma vez que o escudo promete bloquear temperaturas de 1371 Cº fazendo com que a sensação térmica para a nave seja de apenas 29 Cº.
Quase todas as pesquisas espaciais tiveram grande aplicação na vida prática e o retorno que geram não é apenas científico, mas também econômico. Segundo estimativas da própria agência espacial norte-americana, cada dólar investido em tecnologias espaciais geram um retorno de US$ 14 para a economia daquele país.
Para que se tenha uma ideia de como influenciam nossa vida, o Disruptivas e Conectadas levantou uma lista de sete tecnologias desenvolvidas pela NASA responsáveis por muitas inovações disruptivas que se incorporaram ao nosso cotidiano.
Um dos grandes avanços nas transmissões de TV, o uso do sinal dos satélites é resultado das pesquisas aeroespaciais. Para possibilitar a comunicação com os astronautas no espaço, a NASA, no início, utilizava balões de alta altitude, mas, posteriormente, na década de 1960, desenvolveu os satélites de comunicação. Essa é também a tecnologia que permitiria o avanço da internet móvel e da telefonia.
A telemedicina é uma prática moderna que também recebeu grande contribuição da agência espacial norte-americana. Surgiu da necessidade de dar assistência médica, à distância, aos astronautas em viagens espaciais. O foco dos esforços atuais da agência, se expandiu além da ideia original de telemetria e comunicação remota para englobar novos sistemas médicos inteligentes que são projetados não apenas para comunicar e diagnosticar astronautas doentes, mas também para capacitar os médicos para o tratamento efetivo de doenças à distância.
Desde que se decidiu enviar seres humanos ao espaço, era preciso garantir que eles tivessem acesso a água limpa para consumo. Com a ajuda de empresas comerciais, a NASA desenvolveu uma forma de purificar a água com o emprego de iodos ao invés de cloro. Hoje em dia, essa tecnologia é utilizada também no tratamento da água em algumas cidades.
Além de saciar a sede, seria preciso alimentar os astronautas. Até 1962, não se sabia se os astronautas conseguiriam ingerir alimentos sólidos no espaço e se os nutrientes seriam absorvidos pelo corpo humano. A comida congelada inventada pela NASA era capaz de manter seus valores nutricionais, graças à técnica de embalagem a vácuo. Essa tecnologia de preservação foi incorporada pela indústria de alimentos e hoje é comum no uso doméstico.
Quem já não viu a propaganda dos travesseiros que usam a espuma da NASA? O material viscoelástico desses produtos nasceu também das pesquisas espaciais. O material se caracteriza por moldar-se às formas do corpo, o que assegurava maior estabilidade aos astronautas na hora de dormir.
Plantação de alimentos com LED
Diversas pesquisas na agência especial foram voltadas à produção de alimentos no espaço. Uma das alternativas encontradas foi a de plantar vegetais e fazê-los crescer sob a luz de LEDS. Esse tipo de iluminação é eficiente e versátil e a ideia data do final da década de 1980. Hoje a tecnologia do LED encontra um sem número de aplicações, como em fazendas verticais urbanas.
A NASA investiu muita pesquisa de materiais resistentes e flexíveis para auxiliar os astronautas no espaço e alguns desses materiais foram muito importantes no campo médico das próteses. Um exemplo é a espuma utilizada no isolamento dos tanques de combustível dos foguetes. Elas são usadas para fazer os moldes de alguns tipos de próteses e ainda permitiram reduzir os custo de produção desses dispositivos.
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