
Acostumados ao clima frio de seu país, os canadenses recorreram à tecnologia para enfrentar as temperaturas do Rio de Janeiro e, assim, não prejudicar a performance deles nos jogos. Segundo o portal Exame, as atletas do vôlei de praia usarão um uniforme desenvolvido pela fabricante de equipamentos Lululemon e pelo laboratório Whitespace, utilizando uma câmara que simula a pele humana e fornece dados sobre a evaporação do corpo. O resultado do estudo permitiu aos cientistas criar um tecido que absorve mais suor e protege a pele das jogadoras contra os raios solares com a mesma eficiência de um protetor solar fator 50.
O vice-presidente do Whitespace Tom Waller disse ao portal da revista Sports Illustrated que na fase preliminar do projeto a equipe estudou os desejos das atletas em relação ao uniforme. “Elas querem saber se ficarão bem e se se sentirão confortáveis com a roupa.”
Clare Robertson, da Lululemon, criou o design do uniforme. Para ter certeza de que a roupa não sairá do lugar durante a prática do esporte, a Lululemon teve de produzir uma máquina capaz de moldar o tecido criado pelo Whitespace. “Durante os jogos é comum a parte de cima do uniforme subir”, ela explicou à revista. “Com o novo material, o uniforme não sai do lugar.”
O laboratório onde os cientistas se encontraram para trabalhar no projeto tem 10 mil metros quadrados. A câmara climática utilizada no desenvolvimento dos uniformes simula temperaturas entre -30°C e 50°C, alterando as taxas de fluxo de ar e o aumento da altitude.