Uma aula de anatomia pode ser um momento bem delicado durante os cursos da área de saúde. No entanto, com as tecnologias atuais, a experiência de mexer em um cadáver e lidar com o forte cheiro de formol pode ser substituída por projeções bem reais. A brasileira Csanmek, empresa especializada em sistemas e soluções para o nicho educacional, desenvolveu uma plataforma em que os estudantes universitários aprendem técnicas cirúrgicas e observam o funcionamento do corpo humano através de simulação 3D.
No primeiro trimestre deste ano, a plataforma, segundo comunicado da empresa, chegou ao México e acumula pedidos para universidades dos Estados Unidos. Só pelo exterior, o simulador já rendeu R$ 2 milhões em negócios para a startup. No Brasil, entre os 250 cursos de formação médica, 20 instituições utilizam a tecnologia. O custo do programa pode variar entre R$ 200 mil e R$ 400 mil.
Ainda que por terras brasileiras a criação brasileira ainda caminha a passos curtos, o sucesso no exterior é instantâneo, pois acompanha a tendência mundial ao substituir cadáveres por esse tipo de projeção, hábito recorrente em formações de veterinária também. A diferença para os produtos semelhantes que existem em outros países é o baixo custo e a metodologia adequada para o ensino brasileiro.
O simulador possui uma ferramenta que possibilita ao aluno acessar casos clínicos e exames reais de casa, já que os professores podem converter tomografias e ressonâncias para o 3D. Também tem à disposição mais de 5 mil estruturas anatômicas, incluindo órgãos e sistemas do corpo feminino e masculino.
“Apesar de ser um equipamento para educação, a plataforma 3D também é utilizada por médicos e profissionais da saúde no dia a dia, para melhorar o aprendizado e compreensão das estruturas anatômicas reais e modeladas”, conta Claudio Santana, fundador da Csamek, em comunicado.