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Arie Halpern: países em desenvolvimento são alvos preferidos de hackers

Arie Halpern: países em desenvolvimento são alvos preferidos de hackers

A figura do hacker, um criminoso virtual especialista em computação capaz de invadir redes e sistemas, já se tornou popular tamanha a frequência com que surgem notícias sobre ataques e sequestro de dados em empresas do mundo todo. A multiplicação dos ataques tem mostrado também um padrão que começa a se desenhar nas ações criminosas. Mais e mais elas têm se concentrado em países com menos acesso a segurança digital. Segundo o economista e empreendedor com foco em inovação e tecnologias disruptivas Arie Halpern, “países em desenvolvimento são campos de treinamento perfeitos para hackers que querem testar suas ferramentas de invasão pois, embora disponham de muitos recursos tecnológicos, apresentam muitas falhas no quesito da segurança digital”.

Este ano, um software malicioso desenvolvido com inteligência artificial foi usado para atacar empresas da Índia, e não de países com sistemas tecnológicos mais sofisticados, como Inglaterra ou Estados Unidos. Segundo reportagem do New York Times, o software usado na Índia podia aprender e alterar seus métodos conforme encontrava novos obstáculos na segurança, sem precisar de instruções enviadas remotamente. Em 2016, hackers utilizaram um método semelhante para roubar US$ 81 milhões de um banco em Bangladesh.

Outro país que tem sofrido com os hackers é a Ucrânia. Em 2015, um ciberataque dois dias antes do Natal deixou mais de 250 mil pessoas completamente sem energia. Em 2016, o mesmo ataque se repetiu. No ano passado, ocorreram 6500 ataques contra o país e as autoridades culpam, justa ou injustamente, o governo da Rússia. Arie Halpern acredita que esses são sinais de que os ataques hackers estão alcançando cada vez mais esfera da atividade real a partir da ação digital.

Empresas no Brasil também estão sendo vítimas desse criminosos. O ritmo de ataque em empresas de pequeno e médio porte no país mostrou o segundo maior crescimento no mundo, perdendo apenas para a Índia, segundo a revista Época. Aqui, o tipo de ataque mais comum é o ransomware, que “sequestra” todas as informações de uma empresa, impedindo que ela continue a funcionar, a menos que pague o resgate para recuperar seus dados. “A porta de entrada mais comum para esse tipo de ataque é o smartphone”, explica Arie Halpern. “Após o usuário acessar algum conteúdo corrompido, o software malicioso consegue se instalar no sistema e pegar as informações que precisa, migrando para os computadores da empresa pela rede de internet.”

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