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Senhas diferentes por que? Só para dificultar?

Senhas diferentes por que? Só para dificultar?

Eles são a maior parte do público consumidor de mídias e serviços online no mundo e, constatação preocupante, negligenciam questões de segurança em suas contas na internet. A Geração Z, como são conhecidos os jovens adultos de 16 a 24 anos, navegam e consomem produtos online mais confiantes do que deveriam, como mostra pesquisa recente sobre segurança online, encomendada pelo Google.

Dos 3.000 adultos entrevistados, 52% admitem utilizar a mesma senha para várias contas online. Dos usuários pesquisados, 13% aproveitam a mesma senha para todas as contas online, comportamento indicado como o de maior risco de falha de segurança.

A justificativa dada pelos pesquisadores para o excesso de confiança em relação à segurança online dos jovens seria o fato de eles terem nascido em um contexto diferente de internet. Para eles, a internet é algo natural. Não houve uma oportunidade de estranhamento da novidade tecnológica, como ocorreu com as gerações anteriores.

Os Baby Boomers, nascidos entre a década de 1950 e 1960, tiveram que conhecer, passar pelo momento de adaptação e estranhamento, para somente depois usufruírem da internet como a conhecemos hoje. Isso, provavelmente, fez com que desenvolvessem um comportamento mais cauteloso em suas navegações online, pelo menos no que diz respeito às senhas.

A pesquisa indica que os mais velhos são mais preocupados em utilizar senhas diferentes para as suas contas online, diminuindo o risco. Em compensação, são menos propensos a usar a verificação em duas etapas, uma das medidas de segurança indicadas como mais importantes para evitar o ataque de hackers que roubam senhas.

Fora do controle das gerações

O que, aparentemente, nenhuma das gerações consegue evitar, mesmo tomando todas as precauções, são os constantes episódios de vazamentos de senhas de redes sociais. Entre escândalos sobre vendas de dados de usuários e armazenamento de conversas com assistentes virtuais, as notícias sobre vazamento de senhas parecem ser das mais graves.

No episódio mais recente, o Facebook admitiu ter armazenado de maneira irresponsável as senhas de centenas de milhões de usuários. A falha de segurança deixou as senhas expostas aos funcionários da rede social por anos, ao alcance de uma simples pesquisa. Mas o problema não parou por aí. A empresa, que também é responsável pelo Instagram, cometeu o mesmo erro com as senhas desta plataforma, admitindo a falha somente meses depois.

A própria pesquisa encomendada pelo Google entrega boas dicas e alerta quanto aos melhores procedimentos de segurança a serem utilizados com as senhas na internet. Resta saber se as grandes empresas – como as responsáveis pelas redes sociais, e-mails e e-commerces – terão com os dados dos usuários o mesmo cuidado que se espera deles mesmos.